domingo, 17 de maio de 2015

O estudante é protagonista na contrução do conhecimento







É comum ouvirmos críticas sobre as escolas que defendem a participação ativa do aluno no seu processo de aprendizagem.Entretanto, quem se compromete com o desenvolvimento integral do aluno de forma responsável e fundamentada sabe que a realidade não tem nenhuma relação com essas ideias superficiais que circundam o meio educacional.
Nas palavras de Brooks Adams, historiador e educador norte americano: “Sabendo que você não consegue ensinar tudo a uma criança, é melhor ensinar a ela como aprender”.
Quisera todos os profissionais da educação entendessem a  verdade dessa conclusão e buscassem  metodologias “ativas”,  interacionistas, como sugerem os estudos de Piaget e Vigotsky – salvas as peculiaridades de cada estudioso. Ou que, como Ausubel, percebessem que o interesse do aluno é crucial para que ocorra a aprendizagem significativa, assim como a interação do aprendiz com o objeto de conhecimento.É preciso, ainda, olhar para a complexidade da vida moderna em constante mudança na qual nossos alunos estão inseridos e para o distanciamento que a escola mantém em relação a esse dinamismo, já que, atualmente, nos deparamos com alunos ativos fora do contexto escolar, imersos, conhecedores e usuários das transformações e avanços tecnológicos. E, na contramão desse processo, encontramos escolas conservadoras, mantenedoras da mera transmissão do conhecimento.Ora, a modernidade pede uma escola com alunos sujeitos do próprio conhecimento, criativos, críticos, que troquem informações entre os pares, professores e demais fontes.O que o aluno aprende precisa se estender para outros contextos. Precisa ser útil para ele em diversas situações, dentro e fora da escola, já que compreender envolve saber explicar, justificar, relacionar, aplicar e extrapolar conhecimento, ou seja, desenvolver habilidades cognitivas e metacognitivas. Essas habilidades deveriam ser  os objetivos a serem perseguidos pela escola, pois são as características que descrevem o papel do aluno sujeito da própria aprendizagem.Portanto, para  que o papel do aluno protagonista seja efetivo, é necessário um profissional da educação com funções que extrapolem a transmissão de conteúdos específicos. Esse profissional precisa conhecer e se adequar à realidade moderna, aos interesses, características e habilidades peculiares dessa geração. Precisa saber ouvir o aluno, respeitar suas respostas e fazer intervenções desafiadoras e esclarecedoras ao mesmo tempo. Precisa avaliar a estrutura cognitiva dos alunos, planejando para a compreensão e para a intermediação da construção do conhecimento.

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