terça-feira, 26 de maio de 2015

Um alimentação infantil mais saudável!!

Uma boa forma de adicionar verduras, legumes e frutas na alimentação das crianças é
apresentar de forma diferente estes alimentos como, por exemplo, montando bichinhos com
pedaços de vegetais ou frutas. Foto: Shutterstock
Os hábitos alimentares infantis começam a se formar muito cedo, assim que sai da barriga da mãe. “O aleitamento materno promove a primeira experiência sensorial que propiciará uma diversificaçãodas escolhas alimentares futuras da criança”, explica a pediatra Christiane Leite, do departamento científico de nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
“A dieta materna imprimirá ao bebê, por meio do leite, contato com aromas sabores diferentes”, completa ela. Há estudos mostrando que crianças que tomam fórmula – que tem sempre o mesmo gosto– apresentam uma maior dificuldade em aceitar alimentos novos do que aquelas alimentadas até os seis meses com leite materno, que varia de sabor de acordo com o que a mãe come.
Na fase em que se começa a introduzir alimentos sólidos, é importante priorizar os naturais, sem excesso de sal açúcar para que a criança desenvolva o paladar a partir do conhecimento dos sabores básicos. “Não se intimide se o bebê fizer cara feia para um alimento. Tudo é novidade”, lembra a nutricionista especializada em criança e adolescência Priscila Maximino, da Nutriciência (SP). Tudo fica mais difícil quando a criança passa a receber influências outras que não as dos pais. “Na escola ela terá acesso fácil a alimentos poucos saudáveis na cantina”.
Abaixo, você confere 9 dicas para que seu filho tenha uma alimentação saudável:
1. Crianças são mais abertas a acordos que os adolescentes. Comece com uma boa conversa, explicando que os verdinhos — ou coloridinhos — podem fazer com que elas fiquem mais fortes.
2. Envolva a criança no mundo dos alimentos. “Primeiro, convide-a para acompanhar as compras,manusear os vegetais, ajudar a escolhê-los”, diz a nutricionista Patrícia. “Depois, é o momento de envolvê-las também no preparo”, completa ela.
3. Faça apresentações diferentes dos alimentos. Monte bichinhos usando pedaços de frutas ou vegetais.
4. “Combine com a criança que ela irá experimentar um alimento novo por semana. Não precisa ser todos os dias”, diz a pediatra Lilian Zaboto.
5. Se a criança não quiser comer o que tem à mesa, espere até a próxima refeição para oferecer algo para comer. “Muitas vezes, a criança não aceita determinado alimento por saber que os pais oferecerão uma mamadeira, ou qualquer outro alimento, por ansiedade ou medo de que ela fique com fome”, diz a pediatra Christiane Leite.
6. “Limite doces ou alimentos gordurosos a uma vez por semana”, aconselha Lilian Zaboto. Mas faça essas concessões. É gostoso!

7.
 Não é preciso retirar alimentos do cardápio radicalmente. Uma boa estratégia é substituir o nuget por peito de frango em uma refeição, depois em duas, e gradativamente vá parando de comprar.
8. A criança não precisa aceitar a comida de apenas um jeito. Se ela não quer cenoura cozida, faça um bolo de cenoura. “Não há problema em camuflar o legume”, diz o pediatra e nutrólogo Ancona Lopez. “E também não tem problema comer o legume cozido em vez de cru. Há uma perda nutricional, sim, mas é bastante pequena e ainda assim vale a pena”, garante ele.
9. “Evite oferecer porções grandes demais. Às vezes, por si só esse tipo de atitude gera desânimo e também frustração”, diz Christiane Leite.

domingo, 17 de maio de 2015

O estudante é protagonista na contrução do conhecimento







É comum ouvirmos críticas sobre as escolas que defendem a participação ativa do aluno no seu processo de aprendizagem.Entretanto, quem se compromete com o desenvolvimento integral do aluno de forma responsável e fundamentada sabe que a realidade não tem nenhuma relação com essas ideias superficiais que circundam o meio educacional.
Nas palavras de Brooks Adams, historiador e educador norte americano: “Sabendo que você não consegue ensinar tudo a uma criança, é melhor ensinar a ela como aprender”.
Quisera todos os profissionais da educação entendessem a  verdade dessa conclusão e buscassem  metodologias “ativas”,  interacionistas, como sugerem os estudos de Piaget e Vigotsky – salvas as peculiaridades de cada estudioso. Ou que, como Ausubel, percebessem que o interesse do aluno é crucial para que ocorra a aprendizagem significativa, assim como a interação do aprendiz com o objeto de conhecimento.É preciso, ainda, olhar para a complexidade da vida moderna em constante mudança na qual nossos alunos estão inseridos e para o distanciamento que a escola mantém em relação a esse dinamismo, já que, atualmente, nos deparamos com alunos ativos fora do contexto escolar, imersos, conhecedores e usuários das transformações e avanços tecnológicos. E, na contramão desse processo, encontramos escolas conservadoras, mantenedoras da mera transmissão do conhecimento.Ora, a modernidade pede uma escola com alunos sujeitos do próprio conhecimento, criativos, críticos, que troquem informações entre os pares, professores e demais fontes.O que o aluno aprende precisa se estender para outros contextos. Precisa ser útil para ele em diversas situações, dentro e fora da escola, já que compreender envolve saber explicar, justificar, relacionar, aplicar e extrapolar conhecimento, ou seja, desenvolver habilidades cognitivas e metacognitivas. Essas habilidades deveriam ser  os objetivos a serem perseguidos pela escola, pois são as características que descrevem o papel do aluno sujeito da própria aprendizagem.Portanto, para  que o papel do aluno protagonista seja efetivo, é necessário um profissional da educação com funções que extrapolem a transmissão de conteúdos específicos. Esse profissional precisa conhecer e se adequar à realidade moderna, aos interesses, características e habilidades peculiares dessa geração. Precisa saber ouvir o aluno, respeitar suas respostas e fazer intervenções desafiadoras e esclarecedoras ao mesmo tempo. Precisa avaliar a estrutura cognitiva dos alunos, planejando para a compreensão e para a intermediação da construção do conhecimento.

Conheça softwares de educação inclusiva


Estudantes da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveram softwares educacionais que prometem auxiliar na educação de jovens e adultos com deficiência intelectual. Apesar de os programas ainda estarem em configuração primária, podem ser extremamente úteis aos educadores que encontram dificuldades no seu dia a dia.
Ao todo são três softwares educacionais lançados pelo Projeto Participar. Aproximar é voltado para o ensino de gestos sociais para autistas, Participar para a alfabetização e Somar para o uso social da Matemática, como o uso de calculadora, de células monetárias e leitura de relógio digital.
As ferramentas foram pensadas e desenvolvidas por alunos e um professor do Departamento de Ciência da Computação da UnB, com uma consultoria pedagógica, visando atender às necessidades reais dos alunos.
Apesar de contar com recursos visuais e sonoros, os três programas foram pensados para ser executados em computadores mais antigos, como é o caso de computadores de muitas escolas no Brasil. Contendo indicações ao professor, seu objetivo é servir de apoio aos professores que trabalham com autistas e deficientes intelectuais.
Confira mais sobre o funcionamento e ideia do software de alfabetização:

A ferramenta já é utilizada em 650 escolas públicas do Distrito Federal, ou seja, já vem sendo testada em casos reais.

A importância do aprendizado dessas habilidades apresentadas nos softwares produzidos pelo grupo Participar é que são fundamentais para a autonomia e inserção social desse público. É daí que surge o nome do projeto: visando a maior participação dos deficientes intelectuais na vida social.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Benefícios e Desafios da Tecnologia na sala de aula


O acesso a internet tem mudado de forma irrevogável a forma como nos relacionamos com o mundo e a educação não está imune a estas mudanças. O grande número de fontes disponíveis, a possibilidade de acesso a qualquer momento aos conteúdos e a possibilidade de compartilhamento são os encantos e os desafios desse novo mundo. É nesse contexto que se inserem as plataformas de social learning , a aprendizagem colaborativa, uma forma de criar e reunir fontes confiáveis de troca de conhecimentos.
O artigo aponta  três grandes benefícios desta aprendizagem:
01. A conversa assíncrona, que não está presa ao relógio, disponível a todo o instante e em qualquer lugar. O aluno não precisa estar em aula para aprender ou tirar dúvidas.
02. Colaboração que gera confiança. Dividir o que sabe os alunos passam a se conhecerem melhor, a ter autoconfiança, a serem autores do próprio conhecimento. Enxergamos também como uma forma dos alunos olharem para o outro, ajudar quem está em dificuldades e formarem seu próprio caráter baseado na cooperação e solidariedade.
03. Conteúdo de qualidade através de crowdsoursing. Nesse mundo sem fim de informações buscar canais confiáveis também é parte do desafio, mas diversos canais e plataformas comprometidos com a educação, em sua maioria são colaborativos e gratuitos.
As novas possibilidades de se buscar informações tornam a aprendizagem mais democrática e coloca o aluno como corresponsável neste processo, cabendo ao professor apresentar as ferramentas mais seguras e confiáveis, mediando está relação e incentivando a busca por mais conhecimentos. Vale ressaltar que os professores também dispõem de diversos canais para aperfeiçoamento e busca de artigos acadêmicos, pois esta democracia sim é para todos.



Acreditamos que cada dia mais precisamos promover o contato assíduo com nossos alunos, o bom relacionamento entre o aluno e o professor é a causa que mais favorece no processo de aprendizagem. Para maior eficiência neste processo o professor necessita buscar novas formas para esta ligação e as redes sociais podem colaborar positivamente.
Com a aplicação dessa ferramenta no ensino, o professor não só consegue repassar conteúdos, dicas entre outras informações positivas como também tem uma responsabilidade social em repassar afetividade, pois o papel do professor vai muito além de apenas aplicar conteúdos, ele precisa ensinar/incentivar seus alunos a ir em busca do seu auto conhecimento, e diante das redes sociais há uma transparência entre o que a pessoa diz ser e o seus sentimentos reais, afinal muitas vezes ela se omite em sala e nas redes socias se sente mais segura para expor suas aflições e conhecimentos.
Deste modo será estimulado a aliar essas duas práticas ao seu cotidiano, fazendo com que o seu desempenho seja melhor, trazendo benefícios ao seu rendimento escolar e  tornando o ambiente acadêmico muito mais prazeroso, em vista que une seu comportamento real sem opressões, seu lazer (Web) agregando estes nos conteúdos pedagógicos.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Brincadeiras de Páscoa animam a criançada

Aproveite os próximos dias para preparar brincadeiras de Páscoa e integrar toda a família.
O coelhinho vem chegando para trazer os ovos de chocolate para as crianças. Pelo menos, é o que os pequenos sonham, então por que não fazer brincadeiras de Páscoa? As atividades servem como recreação, diversão ou ainda para integrar pais e filhos nessa época do ano.
São inúmeras as opções, que podem incluir uma tradicional confecção de ovinhos recheados de amendoim, caça ao tesouro ou uma corrida de ovos.
Para os pais que gostam de brincar com seus filhos, ou mesmo entre padrinhos e afilhados, tios e sobrinhos, o que vale é descontrair e fazer a data se tornar inesquecível. Veja algumas sugestões de brincadeiras de Páscoa e comece a prepará-las desde agora.
                                                 Pintar ovinhos de Páscoa com as crianças é uma atividade tradicional.

Brincadeiras de Páscoa para os pequenos

Corrida de Ovos



O chocolate de Páscoa é o objetivo dessa brincadeira. Coloque um ovo cozido em uma colher, com o cabo na boca. A criança deve correr equilibrando o ovo na colher. Quem chegar primeiro ganha o ovo.

Trívia
Que tal um jogo de perguntas e respostas para as crianças? É uma das brincadeiras de Páscoa para testar os conhecimentos delas sobre a data. Vale perguntar sobre as questões culturais, simbólicas e religiosas que cercam o dia. Mas, claro, você também precisará estudar antes. Dê ovinhos de chocolate conforme eles forem acertando as perguntas.

Coelho, sai da toca

Essa brincadeira deve ser feita com várias crianças. Coloque vários bambolês pelo chão. Diga a elas que fique cada uma em um bambolê. Quando você disser “coelho, sai da toca”, elas devem trocar de lugar.
Em cada rodada, você tira um dos bambolês e quem for ficando de fora espera a próxima rodada. No final, somente uma criança ganhará. Por isso, lembre-se de fazer várias rodadas, para que todas tenham sua chance de vencer.

Caça ao tesouro


Essa é uma das brincadeiras de Páscoa mais tradicionais. Esconda os ovos de chocolate por toda a casa. Faça bilhetes com dicas sobre a próxima localização de cada ovo e cole em cada esconderijo, para que a criança vá percorrendo a trilha. Na manhã de Páscoa, entregue uma cesta com a primeira pista e deixe que ela descubra os locais “secretos”.

Confecção de ovinhos


Em casa, sempre há retalhos de tecidos, tintas, esmaltes velhos e outros tipos de artigos que podem servir para decorar ovos. Pegue alguns ovos de galinha, furando-os cuidadosamente na parte mais fina. Depois, convide as crianças para decorá-los. No recheio, podem ser colocadas balas, chocolates ou amendoins.

Por que fazer brincadeiras de Páscoa e manter a tradição?

Independentemente da religião as brincadeiras de Páscoa podem ser uma excelente forma de colocar em pauta assuntos bastante atuais da sociedade, além de auxiliar em reflexões sobre valores. Os pais podem inserir atividades que façam a criança pensar sobre solidariedade, respeito e como vencer pode dar prêmios, mas não significa vitória. Todos trilham seu caminho e obtêm suas conquistas.
Mostrar as culturas diferentes,o significado religioso as tradições e os simbolos que perpetuam ao redor do mundo e 
Vale mostrar que a cultura tem diversas crenças e tradições e que essas diferenças devemser respeitadas mesmo que não sejam seguidas pela família,ensine como o respeito é importante. Além disso, um dos maiores benefícios dessas atividades é a possibilidade de integrar a família e divertir as crianças. 



segunda-feira, 30 de março de 2015

Família: Nossa Riqueza primordial



Uma criança desde muito pequena pode ser influenciada por diversos exemplos,estes podem vir da influência das mídias ou de vários comportamentos pelos adultos dentro ou fora do convívio familiar neste momento entra a educação mediada pelos pais, que tem como função passar os valores essencias para seu filho, entre eles: Respeito ao próximo, aceitar as diferenças das pessoas, ser solidário, Ter responsabilidade, entre muitos outros conceitos basicos que são necessários para nos tornarmos melhores pessoas para o mundo.
Mas não basta apenas passar estes ensinamentos,precisamos vivenciar diariamente com nossos filhos,tal como a escola que tem papel essencial na continuidade e prática desses ensinamentos, a competência da educação e os príncipios na formação de caráter continua sendo papel fundamental da familia.A participação ativa na vida de seus filhos gera confiança e respeito entre ambas as partes,podendo assim termos a a certeza que mesmo em um mundo com tantas adversidades no caminho e com tanta violência nosso papel terá sido crucial no desenvolvimento social e humano dos nossos pequenos, pois a educação vinda de casa continua sendo nossa melhor solução.

A conexão que faz a diferença

Especialista alertam: adquirir das novas possibilidades de construção do conhecimento equipamentos de ponta é muito mais fácil do que efetivamente se apropriar das novas possibilidades de construção do conhecimento



Dadas as dimensões continentais de nosso país, a tecnologia tem um papel fundamental na articulação de municípios longínquos, na troca de experiências e na construção de saberes que podem ser ministrados a distância. Para Fernando Almeida, ex-secretário municipal de Educação de São Paulo e responsável pela logística dos módulos não presenciais da Escola de Gestores, um programa do Ministério da Educação (MEC), a tecnologia é também uma forte aliada do diretor no cotidiano escolar: "Ela possibilita disponibilizar um grande número de dados com transparência, prestar contas, controlar as notas de alunos e a presença dos professores e permite que qualquer outra informação seja colocada em rede aberta." O domínio da internet e de programas de edição de texto, de apresentação de dados e de tabulações é parte importante dos cursos de reciclagem de diretores oferecidos no país.

Tecnologia como parte do coletivo

Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida, doutora em Educação e coordenadora do programa de Gestão Escolar e Tecnologias, desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, afirma que as escolas não exploram todo o potencial que a tecnologia oferece. "É nesse contexto que surge a importância da formação não só para o professor mas também para os funcionários, para que a tecnologia não seja utilizada só em sala de aula, mas faça parte do coletivo."

Na prática, a especialista explica que é preciso que o educador atribua sentido aos equipamentos em seu trabalho. É só a partir do momento em que incorporamos as novas mídias que valorizamos seu uso . "Temos hoje boas bases informatizadas que foram criadas pelas próprias Secretarias de Educação com o intuito de facilitar o acompanhamento de dados escolares, como desempenho de alunos, índices de aprovação e evasão. No entanto, de nada adianta o diretor alimentar essas bases se, quando alguém solicita alguma informação, ele acha mais fácil procurar num papelzinho."

Léa Fagundes, coordenadora do Laboratório de Experiências Cognitivas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), é uma das pioneiras na pesquisa sobre a aplicação da tecnologia na Educação no Brasil. Há mais de 20 anos, ela desenvolve projetos na área, como o programa Um Computador por Aluno, que consiste no uso de um laptop educativo por estudante matriculado em escola pública, além de seus educadores. Segundo ela, o problema é que os computadores, a programação deles, os sistemas digitais e suas possibilidades são pensados pela escola e pelos educadores para melhorar o ensino e não para melhorar a aprendizagem, ou seja: para conservar, não para transformar a escola. "Primeiro, tivemos os CAIs (sigla em inglês para Instrução Apoiada no Computador), depois os softwares educacionais, a seguir os CD-ROMs, os tutores inteligentes e, a grande novidade, os objetos de aprendizagem. Mas essas novas tecnologias de informação e comunicação não trazem problemas para os cidadãos e para a sociedade? Não estão a requerer mudanças de atitudes, desenvolvimento de novas competências e a vivência de valores éticos e morais?", questiona Léa. "Os alunos e professores precisam se apropriar da tecnologia tanto no que se refere ao uso do computador e da internet como de outras ferramentas de comunicação e informação", enfatiza.

Apropriações da informática

O uso de diferentes linguagens de mídia na escola pode ser um caminho para promover mudanças de atitudes e de metodologias de trabalho. "O professor se especializar para melhorar sua didática é insuficiente hoje, pois, como já dizia Paulo Freire, se ele tem uma prática bancária, autoritária, provavelmente vai usar as novas mídias para reafirmá-la", diz Ismar de Oliveira Soares, coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo (NCE-USP).

Por isso, é importante que a capacitação dos educadores e gestores para o uso da mídia se dê em conjunto com a comunidade escolar. Para Ismar, "não é com base na tecnologia que nasce o aprendizado, mas com uma gestão participativa do processo".
No ano passado, o MEC deu início a um curso de formação chamado Mídias na Educação - mais de 15 mil professores participam da primeira fase. O programa trabalha com as quatro linguagens - mídias impressa, digital, audiovisual e radiofônica. Há também um módulo de gestão. O NCE-USP é uma das instituições parceiras do ministério nesse curso. "O objetivo é fazer os educadores refletirem sobre como podem usar a tecnologia para ensinar melhor", explica Ismar.

O especialista dá dicas de como é possível fazer essa apropriação. Ele cita algumas escolas municipais de São Paulo que participaram do projeto Educom.radio, desenvolvido pelo NCE-USP entre 2000 e 2004, e fizeram uso do rádio como uma ferramenta de gestão. Para atrair os pais, em vez de enviar comunicados por escrito, dirigentes e professores motivaram os alunos a produzir programas de rádio com temas de interesse da comunidade e a divulgação de eventos e reuniões. "Com isso, além de os alunos se sentirem parte do processo, os pais passaram a comparecer aos encontros e a participar mais, pois se empolgavam ao ouvir o programa feito pelos filhos - que eram levados para casa em fita cassete. Após essa experiência, as escolas descobriram que muitos pais eram analfabetos e, por isso, não atendiam ao que era pedido nos bilhetes", lembra Ismar.

Para motivar a mudança de atitude dos educadores em relação ao uso da tecnologia, o MEC criou uma nova plataforma de interação: o Portal do Professor (saiba mais sobre o projeto no quadro ao lado). "Nós observamos que levar a chamada cultura da informática para as escolas não é suficiente. O maior trabalho é a instalação dessa cultura"